ACID MIND TRIP

Blog dedicado ao rock psicodélico dos anos 60, 70, 80 & 90 do século XX.

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Location: Cuiabá, Brazil

Thursday, January 13, 2011

AORTA - AORTA (1969) & AORTA 2 (1970)





Até a metade dos anos 60, os membros do Aorta estiveram em uma outra banda chamada The Exceptions. Os primeiros membros deste grupo incluíram Kal David (posteriormente um membro do H.P. Lovecraft), Marty Grebb (dos Buckinghams), e Peter Cetera (Chicago). Os Exceptions eram considerados um excelente grupo de covers, aclamados por sua excepcional musicalidade. Era um dos grupos mais populares na cena local mainstream de Chicago, e lançaram inúmeros singles por selos do Meio-Oeste -- Tollie, cameo, Quill -- e pela Capitol, baseada em L. A. -. Tempos depois a banda deixou cair um "s" do nome e passou a se chamar simplesmente "The Exception" (Faixas presentes na coletânea Quill Records Story). Formado em Chicago, Illinois, Estados Unidos da America do Norte, em 1967, Aorta inicialmente consistia em Jim Dolinger (guitarra, vocais), Jim Nyholt (piano, órgão), Dan Hoagland (sax tenor), Bobby Jones (baixo, vocais) e William Herman (bateria). Em fevereiro de 1968, Hoagland deixou o grupo para integrar a banda Chicago Transit Authority, tempos depois conhecida apenas como Chicago. O primeiro álbum, lançado em 1969, é considerado uma obra-prima da heavy-psicoedlia. Aorta 2, de 1970, é o segundo e último álbum da banda, e o grupo acabou depois do lançamento deste disco.

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AORTA (1969):
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AORTA 2 (1970)
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PINK FLOYD - BESET BY CREATURES OF THE DEEP (1969)



Pink Floyd dispensa apresentações. Este é um dos melhores discos da discografia pirata do Floyd, apresentando versões absolutamente instigantes de faixas já conhecidas e as antológicas "The Beginning" e "Beset By Creatures Of The Deep", que batiza o álbum.

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BAY CITY ROLLERS - ROLLIN' (1974)



Os Bay City Rollers era uma banda pop escocesa do começo dos anos 70. A sua juvenil e limpinha imagem, seus cabelinhos penteados e roupinhas limpinhas, deixavam claro o tipo de som que eles faziam, um pop assobiável, grudento e de fácil assimilação. Por um relativamente breve, porém efervescente período (chamado de "Rollermania"), eles foram ídolos adolescentes no mundo inteiro. O álbum Rollin', lançado em 1974, foi o primeiro álbum da banda. O disco inclui sucessos da parada britânica ("Remember", "Shang-a-Lang", "Summerlove Sensation") e a estreia com "Saturday Night", que nunca foi um sucesso no Reino Unido, mas foi nº 1 nos Estados Unidos.

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THE WEST COAST WORKSHOP - THE WIZARD OF OZ (1967)



Este lançamento da Capitol, produzido por Nick "Beach Boys" Venet e conduzido por James E. Bond Jr. (vulgo The West Coast Workshop) pode ser facilmentre tomado como um trabalho de easy listening. As composições de Harburg-Allen para o filme são sujeitadas a uma desconstrução recheada de cítara, enquanto números originais como "Yelllow Brick Trip", "The Dowser And The Thaumaturgist" e "Ode To Jackie, Dorothy and Alice" fazem com que o ouvinte ocasional coce suavemente a cabeça e imagine quanto poder era conferido aos produtores nos estúdios. Todas as faixas são deliciosas e a fotografia da capa mostrando uma Dorothy hippie rodeada por versões "bicho grilo" da turma de Oz é uma viagem visual à parte.

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RODRIGUEZ - COLD FACT (1970)



Sixto Diaz Rodriguez (também conhecido como Rodriguez ou Jesus Rodriguez) é um músico de folk estadunidense nascido em Detroit, Michigan, em 10 de julho de 1942. Ele foi batizado como Sixto porque foi a sexta criança de sua família. Os pais de Rodriguez eram imigrantes de classe média do México, que deixaram seu país de origem em 1920. Em muitas de suas canções, ele adota uma postura política diante das crueldades que assolam os pobres dos subúrbios. Em 1967 (sob o pseudônimo Rod Riguez) ele lançou o single "I'll Slip Away" pelo pequeno selo Impact. Depois disso, ele não produziu mais nada nos três anos seguintes até assinar contrato com a Sussex, uma subsidiária da gravadora Buddah. Depois de se mudar para a Sussex, ele mudou o seu nome artístico para Rodriguez, simplesmente. Rodriguez gravou dois álbuns pela Sussex, Cold Fact, em 1970, e Coming To Reality, em 1971. Mas depois de baixos níveis de vendas, ele saiu da gravadora, que acabou fechando as portas em 1975.
Este é mais um daqueles clássicos perdidos dos anos 60, uma obra-prima psicodélica encharcada de cores distorcidas e inspirada pela vida, pelo amor, pela pobreza, pela rebeldia e, claro, roqueiros, coca-cola e maconha. O álbum em questão é Cold Fact, e o que é mais intrigante é que o seu realizador, uma figura obscura chamada Rodriguez ficou, por muitos anos, perdido também. Nos anos 90 descobriram que ele estava trabalhando em uma construtora de Detroit, desconhecendo que o seu álbum se tornou não só um cultuado clássico, mas, para as pessoas da África do Sul, uma tocha para uma revolução. Seu material de extraordinária qualidade, versando sobre assuntos como drogas malhadas, amores perdidos, e letras sobre a vida nas cidades no final dos anos 60 nos Estados Unidos. "Gun sales are soaring/Housewives find life boring/Divorce the only answer/Smoking causes cancer" profere a dylanesca "Establishment Blues". Mas o álbum naufragou sem deixar um traço, graças, em parte, a alguns dos mais idiossincráticos comportamentos de Rodriguez, como se apresentar de costas para o público o tempo todo em vários shows. Conforme a sua carreira musical se tornava apenas uma lembrança, a lenda de Rodriguez crescia do outro lado do mundo. Na África do Sul e, em menor extensão, na Rodésia, na Austrália e na Nova Zelândia, o álbum Cold Fact se tornava um sucesso de propaganda boca à boca, particularmente entre jovens das Forças Armadas sul-africanas, que se identificavam com a sua faceta contracultural. Mas Rodriguez permanece um enigma, pois nem a gravadora sabe onde encontrá-lo e o seu sumiço se tornou objeto de debates e de conjeturas. Alguns rumores rezam que ele teria morrido de uma overdose de heroína ou teria morrido carbonizado durante uma apresentação musical. Mas a maré começou a mudar em 1996, quando o jornalista Craig Bartholemew pôs um fim ao mistério. Depois de muitas procuras frustradas, ele encontrou Rodriguez vivo e com saúde, livre e gozando de perfeita sanidade mental, vivendo em Detroit, colocando um ponto final a todas as especulações acerca do seu paradeiro.Rodriguez não tinha a menor ideia acerca da sua fama na África do Sul (o álbum recebeu múltiplos discos de platina por lá e Rodriguez não ganhou muita coisa em matéria de royalties), e, assim, ele embracou para uma mais do que bem-sucedida turnê na África do Sul, lotando todos os locais por onde se apresentava através do país. Rodriguez permaneceu amplamente desconhecido no Hemisfério Norte até o ano de 2002, quando "Sugar Man", a faixa alienigenamente maravilhosa do álbum, foi resgatada por David Holmes. O DJ descobriu o álbum em uma loja de Nova Iorque, e incluiu a canção em sua coletânea Come Get It, I Got It.

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BLUE CHEER - OUTSIDEINSIDE (1968)



Outsideinside é o segundo álbum do Blue Cheer, lançado pela gravadora Philips, em agosto de 1968. Suas faixas foram gravadas tanto fora quanto dentro do estúdio - o que justifica o título do álbum. As gravações apresentam contribuições de todos os membros da banda, ao lado de duas covers: "Satisfaction", dos Rolling Stones e "The Hunter", de Booker T. & the M.G.s (também coverizada pela banda britânica Free).

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ASHTON, GARDNER & DYKE - ASHTON, GARDNER & DYKE (1969)



Ashton, Gardner & Dyke era um power trio bastante popular no começo da década de 70. Eles são mais conhecidos pela sua canção "Resurrection Shuffle", um sucesso transatlântico do Top 40 em 1971. Entretanto, este sucesso os deixou conhecidos como "one-hit wonders" (Banda de um sucesso só).

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VANILLA FUDGE - VANILLA FUDGE (1967)



Vanilla Fudge era uma banda de rock estadunidense. A formação original da banda - o vocalista/organista Mark Stein, o baixista/vocalista Tim Bogert, o guitarista/vocalista Vince Martell, e o baterista/vocalista Carmine Appice - gravaram cinco álbuns durante o período 1966-69, antes de encerrar atividades em 1970. A banda se reuniu com várias configurações diferentes ao longo dos anos. O Vanilla Fudge é geralmente citado como "um dos poucos verdadeiros links estadunidenses entre a psicodelia e o então insurgente heavy metal".

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JAMESON - COLOR HIM IM (1967)



Produzido pelo legendário arranjador vocal Curt Boetcher, esta onírica coletânea de psicodelia pop é, na verdade, o segundo álbum do famoso hipster de Hollywood Bobby Jameson (o seu primeiro álbum, o clássico Songs Of Protest And Anti-Protest, é creditado a Chris Lucey), e surgiu durante o verão de 1967.

Color Him In foi gravado em 1966, com a produção de Curt Boettcher e foi lançado pela Verve Records em 1967. Curt e Jameson se encontraram nos escritórios da Our Productions, que tinha alcançado um certo êxito comercial com o single "Along Comes Mary". Curt e Jameson escolheram as faixas do LP e começaram o trabalho de produção.

Interessante como o tempo muda as perspectivas das pessoas. No final dos anos 60, um artista dizendo algo como "Minha música é onde eu estive, o que eu tenho visto, como eu sinto e quem eu sou" poderia ser considerado como visionário e ousado. Hoje em dia tal postura poderia ser considerada risível. Mas pode-se dizer que tal mensagem cresceu em muitos de seus ouvintes. Na primeira vez que muita gente ouviu isso, pode ter havido a impressão de que Robert Parker Bobby "Chris Lucey" Jameson era mais do que um simples cantor-compositor. Algumas audições podem revelar o considerável charme do álbum.

Muito pouco é conhecido a respeito deste artista. Jameson (também conhecido como Chris Lucey) começou a sua caminhada artística na metade dos anos 60 na área do folk. Diferentes referências apontam sua origem no Arizona, no sul da California e até mesmo sendo um homem de origem britânica implantado nos Estados Unidos. Ele assinou contrato com o pequeno selo Surrey, através do qual lançou seu clássico álbum Songs Of Protest And Anti-Protest, em 1965.

Dois anos depois, Lucey-Jameson reapareceu ostentando cabelos longos ensebados, uma longa barba, correntes e pulseiras. Com esse visual, ele foi contratado pela gravadora Verve. Amparado pelo time de produtores Curt Boettcher, Jim Bell e Steve Clark, Jameson confeccionou Color Him In, um álbum em perfeita consonância com os ares da contracultura que varria o mundo naquele período e fazia a satisfação da gravadora, que, como era de se esperar, tentava capitalizar em cima da onda.

Como cantor, Jameson não conseguia alcançar certas notas com frequência, mas suas limitações vocais foram compensadas com êxito por uma saraivada de efeitos psicodélicos (creditados ao produtor Curt Boettcher), principalmente em faixas como "Windows And Doors", "Who's Putting Who On" e "Candy Colored Dragon". O estilo de Jameson foi comparado com o da banda The Association, principalmente em faixas como “Know Yourself”, “Jenny” e “I Love You More Than You Know”. O álbum não vendeu muito na época e a gravadora Verve despediu Jameson, encerrando a sua carreira musical.

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KIM FOWLEY - LOVE IS ALIVE AND WELL (1967)



Na metade dos anos 60, Fowley mergulhou de cabeça na contracultura hippie de Los Angeles, se aliando a Frank Zappa e à banda Mothers Of Invention e, posteriormente, aparecendo no aclamado álbum Freak Out!. Prolífico como compositor, Fowley forneceu material para os Byrds, para os Beach Boys, para a Soft Machine e Them, e produziu artistas como Gene Vincent, Warren Zevon e Helen Reddy. Fianlmente, em 1967, Fowley lançou o seu disco solo de estreia, Love Is Alive And Well, uma gravação que mostra que ele estava alinhado com o Movimento Flower Power da época.

Bem mais notório como produtor, agitador cultural e descobridor de talentos do que como cantor, Fowley não deixou, por causa disso, que seus registros fonográficos ficassem abaixo da média. Seus LPs sessentistas na gravadora Imperial são belos exemplos da atmosfera psicodélica que tomava conta da Sunset Strip da época. Seus registros fonográficos desse período estão recheados de teclados viajantes e efeitos pirados de guitarra. Já na década seguinte, sua música perdeu muito dessa tonalidade e ele não demorou a seguir as tendências em voga. Como produtor, costumeiramente com a considerável ajuda de Michael Lloyd, Kim Fowley tinha sempre uma interessante - embora pesasse a mão de vez em quando - verve garageiro-psicodélica e de rock pesado durante as décadas de 60 e 70.

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Wednesday, January 12, 2011

JAN & LORRAINE - GYPSY PEOPLE (1969)



Acid folk de primeiríssima qualidade do duo britânico Jan Hendin e Lorraine Lefebvre. O álbum em questão é aclamado como um dos melhores do gênero, tendo como um de seus pontos altos os belos vocais femininos, considerados como alguns dos melhores gravados em fins do anos 60. O conteúdo do álbum vai de suaves baladas ao mais vigoroso rock and roll, tudo embebido em complexos arranjos e nas mais belas harmonias vocais. Gravado em Londres, mas lançado apenas nos Estados Unidos e no Canadá, o disco conta com a colaboração de luxo de músicos como Terry Cox (Pentagle), Brian Odgers (Al Stewart, Van Morrison, Elton John), Keshav Sathe (Magic Carpet) e o lendário baterista de estúdio Clem Cattini. Considerada uma das mais enigmáticas gravações de sua época, o disco traz, em sua maioria, composições originais (e uma canção composta em parceria com Davy Graham). Há tantas influências aqui que cada faixa apresenta uma determinada singularidade e força próprias. Basta dar uma olhada na capa para perceber que se trata de um autêntico álbum psicodélico sessentista - mas não é APENAS mais um. Trata-se de um trabalho de gênio, com verdadeiros hinos lisérgicos, cantos místicos, ritmos psicodélicos funkeados e harmonias que carregam sentimentos hippies através de vozes angelicais. Em suma, um verdadeiro tesouro.

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JAKE HOLMES - A LETTER TO KATHERINE DECEMBER (1968)



O segundo állbum do cantor e compositor estadunindense Jake Holmes, originalmente lançado em 1968 pelo selo Tower, A Letter To Katherine December, é um registro fonográfico que muitos críticos colocam em um nível mais alto do que o primeiro trabalho do mesmo autor. Esta é, realmente, uma grande obra de sequência. Um álbum que não fica na sombra do primeiro LP e que segue a típica linha de Holmes, ou seja, desafia classificações. Os arranjos de cordas e metais de Charlie Fox compensam a falta do bizarro toque de baixo do músico Rick Randle, que marcou presença no primeiro álbum. O excêntrico estilo de composição de Holmes está presente aqui em toda a sua rica diversidade, a qualidade sonora é extraordinária e o padrão da produção é excelente. Da mesma forma que o seu predecessor, A Letter to Katherine December também falhou em impor algum impacto comercial. Dessa forma, Holmes redirecionou o seu talento musical em direção à música country em seus dois discos posteriores. Obviamente, ele escandalizou os donos da Tower com os seus discos exóticos e, por isso, teve o seu contrato cancelado. Sem uma fonte de renda segura, Holmes se voltou para o mundo dos comerciais de televisão, que foi, ironicamente, onde ele conseguiu conquistar um certo sucesso em termos financeiros.

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PLAIN JANE - PLAIN JANE (1969)



Este enigmático quarteto de origem estadunidense lançou este único álbum, que apareceu originalmente em 1969 e raramente tem sido mencionado desde então, inclusive por colecionadores. O álbum já foi descrito pelo jornal impresso Miami Sun Post como "uma obra-prima desvanescente de atraente inocência rural" devido à sua clássica combinação de rock acústico, power pop e suaves harmonias vocais, tudo misturado com delirantes guitarras com fuzz. O álbum goza de ótima reputação entre os aficcionados em rock psicodélico. Altamente recomendável.

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THE PURPLE GANG - STRIKES (1968)



Esta banda adotou o nome The Purple Gang quando seus membros mudaram sua imagem para o estilo "gangster", todos bem vestidos e limpinhos. Apesar de estarem associados à cena psicodélica de Londres na época de sua aproximação com a fama, eles são oriundos de Cheshire, noroeste da Inglaterra. Em Londres, eles incumbiram Joe Boyd como produtor e dividiram um estúdio de gravação com o Pink Floyd para trazer à luz o primeiro single da banda, "Granny Takes a Trip" (batizada depois da loja localizada na King's Road). O Pink Floyd estava em processo de produção do seu primeiro single, "Arrnold Layne", nessa época. Infelizmente, a BBC tirou a palavra "trip" do título, deduzindo que só poderia estar fazendo referência ao LSD. A emissora baniu a canção de suas transmissões. Também noticiando que o líder da banda naquela época (Peter Walker) tinha o apelido de "Lúcifer", eles disseram que o grupo "não poderia ser tolerado por qualquer sociedade decente". Um LP, The Purple Gang Strikes, foi lançado em 1968, mas falhou nas vendas. Uma certa vibração hippie de inclinação acid folk emerge de uma das melhores e mais misteriosas faixas do álbum, "The Wizard", que realmente apresenta uma vibrante guitarra elétrica. Um pitada da boa pop-psicodelia britânica também coloriza faixas como "The Sheik", "Kiss Me Goodnight Sally Green" e a sua mais famosa faixa, "Granny Takes A Trip". Estações de rádio piratas como a do DJ John Peel prestigiaram o grupo, mas, sem o apoio de grandes corporações, a sorte abandonou a banda, que não continuou por muito tempo depois.

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Tuesday, January 11, 2011

REX HOLMAN - HERE IN THE LAND OF VICTORY (1970)



O ator Rex Holman talvez seja mais conhecido pelos fãs de seriados televisivos como Star Trek e The Monkees do que propriamente por aficcionados em música pop. Apesar disso, os colecionadores de álbuns de acid folk sessentista e setentista conhecem bem este tesouro perdido, o único álbum lançado por Holman, em 1970 (quando o ator tinha 42 anos de idade). Uma hipnótica mistura de belas melodias, canções suaves e letras filosóficas, cantadas pela voz trêmula de Holman (que pode ser comparada à de Tim Buckley). Com belos arranjos de violão, cítara e tabla, este não pode ser classificado como um clássico menor, e parecerá deveras atraente para fãs de outros artistas de acid folk como Damon, Pat Kilroy e Mark Fry. Trata-se de um excelente álbum, com canções acústicas recheadas de instrumentos exóticos como cítara e tabla. A produção dá crédito à "Schmitt-Douglas", e o álbum foi gravado na Dimension Sounds, que era um estúdio de Los Angeles. A foto da capa é uma montagem, mostrando Holman superposto sobre cenas de pessoas indigentes de rua.

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DUNCAN BROWNE - GIVE ME TAKE YOU (1968)



Toda a melancolia que transborda do primeiro álbum de Duncan Browne, Give Me Take You (produzido pelo selo Immediate, de propriedade do empresário Andrew Loog Oldham, em 1968) simboliza a maravilha fonográfica que este disco é. Muitas pessoas que só agora estão descobrindo este maravilhoso álbum, muitas décadas depois de seu lançamento, comparam a sua doce tonalidade introspectiva aos álbuns de Nick Drake. Give Me Take You pertence à mesma verve folkística dos álbuns de Drake, embora os arranjos de Browne sejam mais barrocos, dando ao álbum um sentimento quase clássico. Browne compôs todos os arranjos clássicos e as linhas harmônicas para as partes do coral, mas deixou ao seu colega de escola de artes David Bretton a incumbência de escrever as letras. É de Bretton as adoráveis frases no estilo pré-Rafaelita, usadas no álbum como conteúdo lírico. Há uma certa inocência adolescente que flui da poesia de Bretton, que, aos tempos atuais, parece de uma ingenuidade imensa ("Better a tear of truth than smiling lies" é um exemplo), mas esse é um problema menor (se é que isso pode ser chamado de problema). A gravadora Immediate lançou apenas um single deste álbum, a maravilhosa canção "On The Bombsite", mas o single falhou em alcançar a atenção dos ouvintes. Na época do lançamento deste álbum, a gravadora de Oldham estava em processo de falência. O empresário estava em aparente ruína financeira e encurtou as sessões de gravação do álbum, aparentemente para economizar dinheiro. Mesmo com tudo isso, a obra-prima Give Me Take You, de Duncan Browne, é um daqueles raros álbuns onde a humanidade, a mitologia, a espiritualidade e a inocência da infância convergem de alguma forma em um excelente trabalho que parece fora da realidade do nosso mundo. A beleza deste álbum é hipnoticamente sedutora e, uma vez que o ouvimos do começo ao fim, torna-se impossível esquecer tal experiência. Duncan compôs todos os arranjos clássicos e o coro do álbum e o fez com uma habilidade e de maneira maravilhosamente compactada que funciona tão bem ou até melhor do que o trabalho de Robert Kirby no álbum Five Leaves Left, de Nick Drake.

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WILL MALONE - WILL MALONE (1970)



Não é surpresa alguma que o álbum solo de estreia da força criativa maior da banda Orange Bicycle seja similar em estilo à música do seu grupo. Muito auto-consciente de uma maneira bem mais próxima do art-rock (ou música de câmara) do que da psicodelia (apesar da capa ricamente multicolorida). O sentimento geral do álbum, desenhado pelos vocais introspectivos de Wilson Malone e o acompanhamento dominado por trumpetes e intervenções guitarrísticas em baixo volume, fica entre o pop barroco e a placidez do estilo característico dos cantores-compositores da década de 1970. O clima geral é um pouco sombrio, mas muito bonito na execução final, repleto de melodias contagiantes e timbres ricos, tudo isso a despeito da limitada expressividade da voz de Malone, que, apesar de toda a ajuda dos recursos de estúdio, parece alcançar apenas metade de uma oitava. Utilizando arranjos simples de cello, flauta e violão, Will Malone recita a singela poesia de suas canções folk-pastorais que são embelezadas pela boa produção e pelos estranhos efeitos de estúdio (como na fantasmagórica e viajante faixa "Love In The Afternoon"). Um autêntico clássico esquecido em algum lugar do passado entre a psicodelia e a música autoral setentista.

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FOLKLORDS - RELEASE THE SUNSHINE (1969)



Este agradável e suave álbum representa um bom exemplo de uma mistura bem sucedida de folk psicodélico com sunshine pop, com marcantes passagens de guitarra e cravo, um belo mix de vocais femninos e masculinos que, em várias ocasiões lembra o primeiro álbum do Jefferson Airplane, e algumas boas letras surrealistas. Os Folklords são originários do Canadá, e Release The Sunshine é, sem exageros, um dos melhores álbuns de acid folk já feitos. O clima de sonho suave começa pela capa, com o trio mostrado em transparência, tendo ao fundo uma outra foto deles mesmos. O figurino hippie dos músicos também dá uma indicação do tipo de música contido no LP. O disco começa com a singela "Jennifer Lee", que introduz o ouvinte ao clima geral da obra. O álbum todo é essencial, mas poderíamos destacar, além da faixa inicial, as belas "Forty Second River", "Windows", "Pardon Me Judas" e "Thank You For Your Kindness".

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SANDSTONE - CAN YOU MEND A SILVER THREAD? (1971)



Pouco é conhecido acerca desta viagem lisérgica folkística que se equipara às melhores gravações de folk psicodélico estadunidense. É difícil acreditar que este álbum não seja britânico, pois a sua instrumentação e estilo de composição lembram muito alguns grupos britânicos de folk psicodélico, como Mellow Candle, Pentagle e Midwinter. Gravado em 1971 em um estúdio local que devia ser muito bem equipado, pois a qualidade da produção é extraordinária. As letras exalam um lirismo de alta qualidade, os vocais femininos são envolventes e as composições (todas originais, sem nenhuma cover) criam um clima onírico e melancólico, típico do estilo. Desde a capa até a instrumentação, passando pelas profundamente estranhas e adoráveis letras, este pode ser considerado um dos mais cobiçados álbuns de qualquer colecionador que aprecie o bom e velho acid folk setentista e um dos melhores LPs estadunidenses de prensagem privada de todos os tempos. Talvez seja este o mais autêntico álbum estadunidense de folk psicodélico que qualquer um já tenha tido o prazer de ouvir.

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RAINMAN - RAINMAN (1971)



Rainman é o nome do projeto solo de Frank Nuyens, um ex-membro da banda alemã Q'65. Ele gravou o álbum Rainman em 1971, uma coletânea de canções influenciadas pelo folk-rock britânico da época e pelo estilo composicional dos artistas da Costa Oeste estadunidense. Ele lançou este LP solo na Holanda, pela gravadora Negram em 1971, em meio às suas obrigações com o Q65. A faixa-título é uma memorável canção com excelentes harmonias na melhor tradição Crosby, Stills, Nash & Young. Congas, flauta e piano, adicionam uma certa vibração psicodélica no estilo dos Bee Gees à faixa "Natural Man", sugerindo que Nuyens mantinha os seus ouvidos grudados nas rádios underground britânicas do período. A faixa "Don't" é suave, acústica, e o resto do álbum se escora no folk com floreios psicodélicos, como em "You Will Be Freed By Me" (com forte influência de John Lennon) e na melancolia onírica de "Get You To Come Through". Além disso, "They Didn't Feel" é uma maravilhosa mistura de Neil Young com The James Gang e uma pitada de "No Expectations" e ainda há uma certa estridência rockabilly em "The Joy That Is Inside". O pacote se completa com o pop contagiante de "The Bird". Embora fãs do Q65 possam ficar desapontados, Nuyens expandiu seus horizontes com este álbum, alcançando todos aqueles que gostam de um bom acid folk e não apenas do R&B alemão de sua banda.

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Wednesday, September 06, 2006


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Friday, August 11, 2006

O QUE É PSICODELIA?


O termo "psicodélico" foi cunhado pelo pesquisador de LSD Humphrey Osmond em uma carta endereçada ao autor Aldous Huxley na metade dos anos 50 do século XX. Eles estavam procurando por uma palavra que descrevesse os efeitos de alteração mental provocados por substâncias químicas como o LSD e a mescalina. Outras sugestões incluiam termos como "fanerótimo" e "enteogênico". Agora tente imaginar expressões como estas: "Pink Floyd, o monstro sagrado do rock fanerótimo" ou "1967, o ano da enteogenia". Pensando bem, "psicodélico" soa um pouco melhor.


Etimologicamente, o termo tem suas raízes no idioma grego. "Psicodelia" vem de "psique" ("alma") e "delos" (que remete a "Delfos", um dos mais renomados oráculos da Antiguidade Clássica). A função principal dos oráculos era a de revelar o que estava oculto. Portanto, uma tradução aproximada para o termo "psicodelia", em Lingua Portuguesa, seria "revelação da alma". Os elementos psicodélicos seriam simbolismos do inconsciente humano, materializados em imagens, sons e diversos outros signos. Isso aproxima a arte psicodélica da arte surrealista. Artistas como Dali, Miró, Magritte e Buñuel seriam gênios psicodélicos. A única diferença entre Surrealismo e Psicodelismo seria que a arte surrealista seria baseada apenas na imaginação criativa, e arte psicodélica seria baseada TAMBÉM no uso de alucinógenos.


A cultura psicodélica começou a se tornar plenamente divulgada entre a população em geral no período que compreende os anos de 1966 e 1967. Isso, graças a divulgadores do quilate dos Beatles e Timothy Leary. No final dos anos 60, o termo "psicodélico" se dissolveu em definições divulgadas pela mídia e pelo mercado. "Psicodélico" passou a ser tudo o que fosse exótico ou contracultural. Esta concepção enganosa sobrevive até os dias de hoje, quando ouvimos que artistas dos anos 60 como Frank Zappa eram psicodélicos. A música psicodélica (rock psicodélico + acid rock) é aquela relacionada aos efeitos provocados por alucinógenos (como o LSD). A cronologia a seguir traça uma trajetória básica da música psicodélica em seus primeiros anos antes de 1967 (que pode ser considerado, em linhas gerais, como o ano da explosão mundial e estabelecimento da cultura psicodélica).

CRONOLOGIA DA PSICODELIA


1957 - O pesquisador de cogumelos Gordon Wasson grava um ritual de ingestão de psilocibina com uma curandeira mexicana chamada Maria Sabina. Essa gravação é lançada em LP pela Folkway Recordings. É a primeira gravação conhecida de uma pessoa sob influência de drogas psicodélicas. O título do disco é "The Mushroom Ceremony Of The Mazatec Indians".


1960 - Eden Ahbez lança "Eden's Island", pela gravadora Del-Fi, um álbum com canções oníricas que antecipam muitos termos e maneirismos que se tornariam comuns na primeira era psicodélica. A capa frontal do LP se parece muito com alguma evocação da cultura hippie.


1961 - O filósofo e defensor do LSD Gerald Heard lança um LP falado intitulado "Rebirth", que apresenta ao público vários conceitos psicodélicos.


1961 - O renomado escritor Aldous Huxley grava uma leitura sua em Los Alamos que trata de drogas psicodélicas. Essa leitura é lançada postumamente como "Visionary Experience" (Gifford Associates, 1969). Uma entrevista com um repórter britânico é gravada ainda em 1961 e lançada em LP nos anos 1970 ("Speaking Personally"). Novamente, Huxley relata experiências psicodélicas com alucinógenos.


1961 - Uma banda de surf music de Los Angeles chamada The Gamblers lança o compacto "Moondawg". No lado B, um número instrumental intitulado "LSD-25". A canção, entretanto, não é psicodélica, e o título foi escolhido por um DJ, após a leitura de um artigo de jornal.



1962 - O escritor e filósofo Alan Watts lança o LP "This Is It", tido por muitos como o primeiro álbum genuinamente psicodélico. O LP consiste basicamente em música improvisada e canto.


1963 - Membros da cena folk de Boston (Club 47) começam a entrar em contato com drogas psicodélicas, principalmente através de projetos realizados em Harvard, por conta do doutor Timothy Leary. O músico Mel Lyman, membro da Jim Kweskin Jug Band faz apologia do LSD entre jovens da cena folk local.


1964 - A banda The Holy Modal Rounders, de Nova Iorque, lança seu LP de estréia, pela gravadora Prestige. Entre as faixas, está uma versão toda peculiar da canção "Hesitation Blues", que contém o primeiro uso conhecido da palavra "psicodélico" em um contexto pop/folk/rock: "I got my psychedelic feet/ In my psychedelic shoes/ Oh Lordy momma/ I got the psychedelic blues".


1965 - Em Los Angeles surge uma banda chamada The Psychedelic Rangers. O baterista dessa banda era John Densmore, que, mais tarde, seria baterista dos Doors. Esse é o primeiro registro conhecido de uma banda de rock'n'roll que clama para si o adjetivo "psicodélico".


1965 - 29 de junho: so californianos The Charlatans fazem seu show de estréia no red Dog Saloon na cidade de Virginia, no Estado de Nevada. Este é o primeiro registro conhecido de uma banda tocando rock'roll sob influência de LSD (muitos na platéia também estavam chapados de ácido). Este evento também é comumente visto também como o nascimento dos "posters psicodélicos" que anunciavam shows de bandas, muito populares nos anos 60.


1965 - julho: Kim Fowley lança o compacto da música "The Trip". É considerada a primeira canção pop sobre os efeitos do LSD. Sob um riff repetitivo de guitarra, Fowley vai desfilando um conjunto de imagens alucinógenas: "flying dogs and silver cats and emerald rats and purple clouds".


1965 - 27 de julho: primeiro dia de gravação da canção "Still I'm Sad", dos Yardbirds. O segundo dia de gravação é 26 de agosto. A canção possui muitos elementos do que mais tarde viria a ser conhecido como psicodelia. Nenhum membro da banda tinha experimentado LSD até este momento.



1965 - 30 de julho: É lançada "See My Friend", dos Kinks. A canção possui muitos elementos do que, mais tarde, viria a ser conhecido como psicodelia. Nenhum membro da banda tinha experimentado LSD até este momento.


1965 - agosto: The Fugs grava o seu primeiro álbum, onde a canção "I Couldn't Get High" menciona explicitamente o LSD. Este é o primeiro registro conhecido de menção do LSD em uma letra de rock.


1965 - 2 de setembro: O recentemente formado The Doors grava um acetato que contêm canções como "Moonlight Drive", "End Of The Night" e "Go Insane". Três dos quatro membros da banda já haviam experimentado LSD até este momento.


1965 - setembro: O DJ Godfrey, de Los Angeles, lança a sua versão da música "The Trip", de Kim Fowley. Na gravação, ele é acompanhado pela banda Thee Midniters.


1965 - outubro: os Beatles gravam "Norwegian Wood", que contêm elementos psicodélicos. Pelo menos dois membros da banda já haviam experimentado LSD até este ponto. A canção faz parte do álbum Rubber Soul, lançado em dezembro..


1965 - novembro: o primeiro "ACID TEST" ("teste do ácido") é realizado em La Honda, California, por Ken Kesey & The Merry Pranksters. A banda local The Warlocks ( mais tarde rebatizado como The Grateful Dead) toca no evento.


1965 - 5 de novembro: Kim Fowley vende cópias remanescentes de seu compacto "The Trip" em LA. O compacto é vendido como tendo um "som psicodélico", um dos primeiros registros de conexão entre esse termo e o rock.


1965 - novembro: Hugh Romney (vulgo Wavy Gravy) e Del Close organizam uma apresentação chamada "Lysergic A-Go-Go" em LA. Uma banda de rock chamada Summer's Children toca no evento.


1965 - novembro: No Texas, membros do 13th Floor Elevators tomam LSD e formam a banda com o intento explícito de fazer música inspirada no ácido lisérgico.


1965 - dezembro: Os 13th Floor Elevators escrevem "Roller Coaster" e "Fire Engine".


1965 - 4 de dezembro: A banda californiana The Great Society grava as canções "Free Advice" e "Someone To Love". O compacto de vinil contendo essas duas canções é lançado no começo de 1966.


1965 - 22 de dezembro: Os Byrds gravam a primeira versão de "Eight Miles High".


1965 - 19 de dezembro: Donovan grava "Sunshine Superman".

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